domingo, 25 de abril de 2010

25 abril





Parece mentira...já passaram 36 anos desde o 25 de abril de 1974
Hoje dedico duas fotos aos meus amigos do classicosmania.com alô pessoal até encontrei um toyota starlet eheh
25 de Abril
Hoje a viagem foi feita nas calmas a apreciar a paisagem do país mais verde de todos os que passei em África. Poucos camiões capotados, mas também fiz pouco mais de metade dos kms de ontem. Muitas palmeiras e também muitos lagos, pequenos, sinal de muita chuva por estas bandas. A estrada alternou de boa com muito má, cheia de buracos. Continuam os miúdos a tapar buracos e a tentar receber dinheiro…Já consigo saber se as povoações são muçulmanas ou cristãs pela sujidade ou limpeza. Consegui ver uns carros clássicos e claro, tirei logo umas fotos para os meus amigos do classicosmania.com
Este é sem dúvida o país das mangas, vê-se por todo o lado mulheres e crianças na berma da estrada com elas expostas. As carrinhas, tipo autocarros, cheias de pessoal, param muitas vezes para os passageiros comprarem mangas. É mesmo pena estarem quentes, pois tem um sabor muito forte e doce.
Cheguei a Lomé, capital do Togo ainda bem cedinho e deparei com uma praia…daquelas, com uma extensão enorme de areia branca onde alugam cavalos. Uiiii que saudades que tenho de andar a cavalo, especialmente no Gerês. O Togo faz 50 anos de independência e está tudo em festa. A praia está cheia de gente e estão montes de conjuntos a tocar. Por falar nisso, não percam dia 31 de Maio os Xutos & Pontapés no rock n’ rio. Vão arrasar de certeza…
Sokodé – Lomé Togo total 390 kms

24 abril



24 abril
Dormi mesmo numa espelunca daquelas…em Portugal tinha-me recusado lá dormir, mas aventura é aventura e África não prima muito pela limpeza. Todos os empregados tinham cá um cheiro que nem vos conto, falta de banho mas já de uns dias…O dia prometia, meio enovoado e pouco mais tarde o sol começou a aparecer. Já na fronteira do Togo, o calor apertou, obrigando a beber mais água do que o costume. Os primeiros kms feitos neste país, davam a entender que era mais um igual aos outros, isto é, sujo e bastante pobre. Só que a partir de Kante, tudo mudou, o verde apareceu em força, a chuva que tão bem me soube e a estrada com curvas, com subidas e descidas.
Cheguei a pensar que estava no nosso Minho, lindo e verdejante. Nota-se aqui a presença do cristianismo, com muitas escolas, com as pessoas muito mais simpáticas e já a aparecerem aqui e ali uns restaurantes com melhor aspecto.
Ainda não tinha dito por aqui, mas o trânsito em África, é um autêntico perigo, sendo o pior, os camiões. Vêm-se muitos capotados, só para terem uma ideia, hoje vi mais de 10 de rodas para o ar. É que as estradas têm um desnível grande para as bermas e quando adormecem, saìem da estrada…e capotam. Depois, deitam-se á sombra do camião capotado á espera que alguém os venham buscar.
Outro perigo são as cabras que andam no meio da estrada e tentar comer alguma coisa e quando vêm a moto, piram-se. Hoje pensei mesmo que ía atropelar uma, foi mesmo in extremis…nem sei como não lhe toquei, mas ainda bem que conseguiu escapar, coitadinha.
Outro que faltou pouco, foi um pintainho que não deve ter ganho para o susto.
Acabei por ficar em Sokodé.
Koupela Burkina Fasso – Sokodé Togo total 490 kms

23 abril



23 abril
Incrível…saí de Orodara a chover. Só que pouca e secava logo que tocava no chão. Agora realmente estou na África negra, onde se nota uma vegetação mais verde, com alguns lagos de água barrenta, mas onde os animais aproveitam para saciar a sede.
Burkina Fasso, é um país bastante acolhedor, onde já se nota muitos cristãos, pessoas mais limpas, mais bem vestidas. A comida continua a mesma, e se pensa que os pratos giros que se vê na net é a realidade, estão muito enganados. Aqui é tudo feito na rua, com moscas, pó, etc. Como a água não abunda, os pratos vão de pessoa para pessoa sem serem lavados.
Hoje quase que não apanhei terra, mas em compensação apanhei uma cidade como Bamako em relação á confusão. Ouagoudou, é uma cidade grande e com muita gente, parecem formigas, por todo o lado.
Pela hora do almoço, parei para fazer uma massa italiana, que me soube pela vida. É que aqui onde parei para pernoitar, Koupela, não consegui arranjar nada para comer.
O hotel também é o pior desde que saí de Penafiel e só mesmo o Homem do Leme para me animar. Xutos Forever…
Orodara – Koupela Burkina Fasso total 600,4 kms

quinta-feira, 22 de abril de 2010

22 abril



22 abril
Saí bem cedinho estava o sol a aparecer, e começou o martírio…sair de Bamako. Tanta, mas tanta confusão, o GPS a mandar para uma estrada que a policia não me deixou passar, mas consegui voltar a ela mais tarde. Só que uns quilómetros mais á frente, a estrada acabava mesmo no aeroporto. Imaginei que foi feito depois, por isso resolvi contornar o aeroporto, por uma picada e lá dei com o seguimento da estrada.
O dia estava mesmo esquisito, segundo um policia, devido á nuvem de poluição do vulcão. Imaginem onde chegou…incrível.
Desta vez, as estradas estavam mesmo muito más e foi o dia em que andei mais em terra. Mas até que se anda bem, menos um bocado que apanhei mesmo areia e aí, com o peso e os pneus estreitos e mistos, torna-se muito difícil progredir sem mandar malhos. Até agora não me tenho safado mal, mas tenho mesmo que ter cuidado, por vezes uma queda mesmo pequena, estraga muita coisa.
Quase a chegar a Burkina Fasso, aconteceu-me uma coisa incrível: Senti um cheiro característico…parei e apanhei o fruto e claro…comi-o logo. Que sabor diferente, exactamente igual ao que me lembrava e que já não comia á 37 anos. Estou a falar da pêra de caju, em Portugal só nos chega a castanha. As mangueiras estão mesmo carregadinhas de mangas e se não estivessem quentes, dizia-lhes.
Continuo a ver montes de burros, vacas e cabras…por aqui também não estão em vias de extinção eheh.
De manhã, tomei algo parecido (pelo menos na cor) com um café e rapidamente perdi a tristeza com que estava ontem, concentrando-me na viagem, disfrutando da paisagem. Hoje vi um rabo de junca, um pássaro lindíssimo com umas penas enormes no rabo. Vêm-se também muitos milhafres, aves de rapina enormes. Afinal não sei só andar de moto eheheh.
Desde que saí da Câmara Municipal de Penafiel, já atravessei Espanha, Marrocos, Sahara Ocidental, Mauritânia, Senegal, Mali e finalmente estou em Burkina Fasso. até agora, parece-me um pais muito mais verde, mas as povoações assemelham-se muito, todas á face da estrada onde fazem todas as suas vidas.
Hoje acabei por descobri mais um hotel com ar condicionado, em Orodara, a 80 kms de Bobo-dioulasso. É gerido por uma francesa e tem internet e bar com música de noite. Tasse bem…
Bamako – Orodara total 490 kms

quarta-feira, 21 de abril de 2010

21 abril

21 abril
Já vi muita pobreza pelo mundo fora, mas é mesmo difícil ficar indiferente, especialmente quando toca a crianças. Sempre adorei as crianças e vê-las pelos cantos cheias de fome, todas sujas e a implorar por comida…não é fácil. Hoje estou triste, muito triste, mas sei que amanhã vou continuar a andar de moto e que a tristeza vai desaparecer. Hoje, estou cheio de saudades da minha família, dos meus amigos. Mas já tenho mais dois vistos comigo e amanhã logo pela madrugada continuo na direcção de Pretória. Só que agora o caminho pia fino e peço desculpa mas a vida é minha e por motivos de segurança, vou desligar o spot até entrar nos Camarões.
Não vou deixar de escrever e tirar fotos, para quando lá entrar, actualizar o blogue.
Cumprimentos a todos aqui de Bamako-Mali.




terça-feira, 20 de abril de 2010

20 abril









20 abril
Bamako…Bamako…isto é pior que estar num centro comercial, pois é tanto transito de carros, motos e pessoas que até fico tonto. Além disso, os cheiros, a lixeira, a pobreza e a poluição do ar é incrível.
As comidas…nem vale a pena falar, hoje comi um hambúrguer num pão e á noite no hotel, uma massa com carne de boi, dura como cornos eheh.
Andei de táxi para ir às embaixadas, um Peugeot a cair e quando digo a cair é mesmo a cair. Nem sei como anda, travão de mão niclas…descobri quando ficou super acelerado e o Ibraim, o motorista, teve que ir lá fora meter uma pedra debaixo da roda enquanto arranjava o bicho. Quando pára no trânsito, que é quase sempre, eheh, entra pela janela uma nuvem de fumo do escape que até custa respirar. Nada funciona dentro do táxi, bem quase nada, porque a buzina está em grande. Em Bamako tudo é feito na rua, desde mecânica até ao homem que passa com a máquina de costura para fazer costura in loco eheh.
Gente, muita gente, motoretas aos pacotes, quase todas KTM que nunca tinha visto. Bem só aqui já devem ter facturado que nem vos digo.
Queria tirar muitas fotos mas o Ibraim estava sempre a dizer NO NO FOTOS…mas mesmo assim lá ia tirando á revelia.
Como hoje não houve nada de especial, meto mais fotos para verem um pouco como é isto por aqui. Não é nada fácil, digo-vos

segunda-feira, 19 de abril de 2010

19 abril

19 abril
Desta vez começamos a andar ás 4h da manhã. Ainda bem noite mas cá com um calor…Só que andar á noite não é nada fácil, muito menos nestas estradas, pois os buracos são tantos e tão grandes que ao mínimo descuido…
De repente, começou a cair uns pingos que mais tarde passaram a chuva. Nunca a chuva me soube tão bem, pois refrescava e de que maneira. Só que com o pó que está no ar, ficámos mesmo bem sujos.


Com a chuva, o calor diminuiu e passou-se a andar melhor. No total fizemos 640 kms, chegando a Bamako ás 15h30.
Aqui, ganda confusão eheh só motoretas a buzinar e a passarem por todos os lados…devem pensar que são o Valentino Rossi eheh
Encontramos um Hotel 4 estrelas para recuperar forças e melhor que isso, com net nos quartos. Viva o luxo.
Agora vem a parte mais complicada, e vamos pensar bem na estratégia para passar o Niger. Chade ou Nigéria.
Quem houve as constantes notícias de raptos e roubos, não pode ficar indiferente. Só temos três opções: ir pelo Niger e Chade, ir por Burkina Fasso Benin e apanhar um barco para os Camarões, ou atravessar o sul da Nigéria. Venha o diabo e escolha…
De qualquer das maneiras, por causa dos vistos, vamos ficar aqui mais dois dias.

18 abril

18 abril
Começamos a andar às 6h mas já estava bem quente, apesar do sol ainda não ter despertado. As estradas do Senegal, estão mesmo esburacadas e por vezes,

prefiro ir pela terra ao lado, que é o caminho das carroças de burros, mas que está bem melhor.
Nada a apontar além de uma carrinha que passou em sentido contrário deixando cair um enorme saco branco que me obrigou a uma grande travagem e desvio que me fez mesmo pensar. Dois segundos mais tarde e tinha apanhado com o saco. Realmente nasci de cu para o ar…mas não quero abusar eheh.
Ao chegar á fronteira do Mali, já com o sol alto mas sem se ver, o calor começou a apertar.
Passamos a fronteira rapidinho (cerca de 1 hora, nada mal) e sem ter que pagar nada, o que foi de admirar.
Começamos a andar em direcção a Bamako, mas ao fim de 240kms resolvemos parar para meter gasolina e beber água e coca cola para meter algum de açúcar para dentro.
Bem não estão a ver…o calor era tanto, mas tanto que vou tentar descrever: deixei a moto á sombra enquanto fui beber água e pedi para me sentar numa cadeira também á sombra pois estava a sentir-me tão mal, quase a desmaiar. Mandei água fresca pela cabeça abaixo, mas quase que no mesmo instante ficava seca. A cadeira tinha uma parte em ferro para apoiar os braços e á sombra era impossível lá pousar os braços de tão quente. Ao fim de meia hora resolvemos continuar e descobri que tinha bebido duas garrafas de litro e meio mais duas cocas de seguida e estava ainda cheio de sede. Peguei na moto, meti o capacete e queimei-me no fecho metálico. Não se esqueçam que disse que a moto estava á sombra. Falei com o Américo e disse-lhe para irmos rapidamente descobrir um hotel com ar condicionado e que amanhã saíamos ás 3h da manha.
Como o hotel ficava a 4 kms, resolvi ir sem luvas…má ideia, quando toquei na manete da embraiagem mandei um ai de dor de tão quente que estava.
Quase ao chegar ao hotel, vi uns babuínos, ou macacos, sei lá, tinham as patas da frente maiores que as de trás e rabo comprido, mas eu quero é andar de moto mas com esta temperatura até me ferve os miolos. Vivi 15 anos em Moçambique, já fui ao Egipto e á Tailândia que são países bem quentes, mas 47 graus á sombra…é dose.

17 abril

17 Abril

Dormimos muito bem com ar condicionado e levantámo-nos ás 7h para estar na fronteira ás 8h para apanharmos o ferry para o Senegal.

Só que África é África e o tempo não conta muito. Só para passar de ferry perde-se mesmo muito tempo e dinheiro pois aparecem sempre montes de pessoas a querer tratar da papelada a troco de pasta. É só largar dinheiro aqui e ali. Se não se tem cuidado depenam-nos até ao tutano. Mas ao passarmos para o Senegal, tudo muda. Finalmente estamos em África, com uma temperatura assustadora. Em Alvre, “aldeia dura”, faz bastante calor no verão, mas aqui, sente-se muito mais e sempre ao sol. Nem sei o que fazer com o fato da Drenaline, se aberto se fechado, tal é a baforada de ar quente que se sente.


A AJP, porta-se á altura, parece que quanto mais quente, mais anda…sempre a devorar kms. Finalmente andei na terra, dura, quase sem areia e o alcatrão tem mais buracos que sei lá o quê. Também não interessa, eu quero é andar de moto…
É impressionante, a lixeirada nas aldeias, animais em putrefacção nas bermas das estradas. Como é possível viver com aquele cheiro??? Nem enterram os animais, nem os tiram de perto das casas…


Mas o Senegal é lindíssimo com montes de aldeias isoladas de longe a longe. As pessoas aqui não são tão melgas, pode-se parar numa aldeia que ninguém vem ter connosco. Com o tempo que perdemos na fronteira, só deu para fazer 400 kms, mas já estamos a 130 kms da fronteira do Mali. Queria aqui mandar um abraço aos meus amigos Amadeu e Leonel da Pinto Coelho e Santos (trataram das fibras), pois a fábrica deles ardeu este mês.

16 abril

16 abril
Apesar de ter dormido na tenda e perto da estrada, até que dormi bem. Levantámo-nos bem cedo ainda o sol não estava a apertar, pois tinha que puxar a Yamaha mais 130 kms até chegar a Nouakchott.
Atenção que na brincadeira costumo brincar com as marcas das motos versus defeitos, mas o que aconteceu á Yamaha, podia ter acontecido a qualquer uma.
Chegamos a Nouakchott, depois de passar por mais 5 barreiras policiais e apareceu um bacano montado numa Yamaha DTAC 125 que perguntou se precisávamos ajuda. Ligou a um mecânico que veio ter connosco e levou-nos á sua oficina??? Parecia milagre pois numa oficina de 3X3 metros tinha 2 discos de ferodo e 4 metálicos novos. Arranjou mais uns usados mas em bom estado aproveitando para mudar óleo e o filtro que o Américo trazia.


Enquanto esperava, resolvi tirar umas fotos e verificar como a capital da Mauritânia era. Ruas cheias, mas cheias de areia, burros, cabras por todo o lado, á solta, lixo q.b., carros a cair de podre mas a andarem, sem faróis, sem vidros, sem portas…
De repente chamei o Américo e vimos com olhar de um comum europeu, um homem negro completamente nu a passar na rua, sem ninguém olhar ou comentar. O Américo disse que devia ser maluco mas eu não consegui pensar em mais nada. É que o homem nem levava nada na mão (tipo cuecas sei lá…).
A ganapada, nunca nos larga, mas sempre com atenção para ver se conseguem gamar alguma coisa.


A reparação ficou por 50.000 CFA (10.000 CFA=15 €) e como ficou bem boa, “bota pra estrada” eheh.
Parámos na bomba mesmo ao lado porque estava já sem gota e tivemos que esperar ½ hora porque o homem tinha ido rezar.
Como ainda estávamos em jejum (14h), comemos uma laranja cada um e…estrada.
Bem a saída de Nouakchott é qualquer coisa…lixo, mais lixo, mais lixo…nem dá para contar, só vendo. Cabras coitadas, no lixo a tentar comer alguma coisa. Montes de camelos, barreiras policiais, e vento.
Vento esse que trás areia, fina mas de tal maneira que a visibilidade é muito reduzida. Calor que chegue também, e confusão de trânsito.
Um Mercedes 190 (aqui têm milhares deles), virou em contramão e obrigou-me a uma travagem a fundo. Bem finalmente estou noutro mundo, um mundo que a maioria dos europeus desconhece, nada elegante, nada limpo, nada seguro.
Rectas, mais rectas, e lá paramos numa aldeia que não se sentia o vento para comermos umas conservas, mas havia uma mercearia que tinha fromage e ao lado uma padaria com um dos melhores pães que comi até hoje.
A partir de aqui a paisagem tornou-se linda, com dunas de areia branquíssimas a contracenar com arvores (cheias de espinhos).
Chegámos a Rosso e fomos tentar apanhar um barco para irmos para o Senegal, só que já não havia e resolvemos ficar num hotel que até tinha ar condicionado. Toca a meter a prosa em dia e vou nanar que amanhã queremos chegar á fronteira do Mali que fica a 526 kms.

15 abril

Sorry sorry por tanto tempo sem notícias mas só agora tenho net.
15 abril
Já com os vistos na mão, toca a levantar bem cedinho para começar a andar ás 6h da manhã.
Atestei de gasolina no Trópico de Cancer tendo comido umas madalenas e um sumo tipo compal. O dia estava mesmo bom para andar de moto e como já estava cheio de saudades, estava decidido a dar-lhe o máximo de kms. De repente, vindo de frente, apareceram dois escoceses um numa BMW GSA e outro numa BMW GS800. Toca a parar e conversar um bocado. Eles tinham feito parte da Mauritânia que eu tencionava fazer e aconselharam a ir antes pelo Senegal que era muito mais seguro. O Américo concordou pois já tinha estado no ano passado no Senegal com o moto 4 e disse que era um país tranquilo. Um dos escoceses olhou para a AJP e disse que o motor ía estourar o que me deu uma vontade de rir. Fotos da praxe e ala que se faz tarde.
Chegamos á fronteira da Mauritânia, que já conhecíamos eheh e passamos a parte do Sahara (/Marrocos) para a terra de ninguém. Uns dias antes tinha lá passado e sofrido com os areais mas “macho velho” como me chama o Amadeu da Pinto Coelho e Santos, aprende rápido e desta vez dei-lhes a volta. É que por aquelas terras andam uns enganadores a tentar servir de guia e a apontar os carros para pistas más para enterrarmos as motos (ou carros). Aqui aconteceu o grande problema, é que o Américo não decora os caminhos e vai daí, caiu mesmo num areal daqueles e ao tentar sair, derreteu os discos de embraiagem da sua novíssima Yamaha Tenere. Para de lá sair, teve que dar 130 €uros aos malandrecos e melhor dar senão ainda era roubado.
Convém dizer que da fronteira até Nouakchott não á mesmo nada…só areia e pedras. Ou por outra, uma bomba de gasolina com um suposto hotel que tinha visto no Google earth que até parecia bonzinho, mas era uma camarata, onde se pernoitássemos quando adormecêssemos, seriamos roubados pela certa. Foi duro, pois fizemos 740 kms dos quais, cerca de 300 kms a empurrar com o pé e depois a rebocar a Yamaha.


Queriamos chegar a Nouakchott, mas numa das muitas barreiras policiais, aconselharam-nos a dormir ali. Como a barreira policial fica lá 24 h montámos as tendas ambas compradas no mesmo sitio (eheh) e lá dormimos. Sei que para a pequena AJP já por si sobrecarregada, foi um esforço muito grande rebocar uma moto que deve estar com 300 kg de peso no mínimo. Mesmo assim em quarta velocidade, mantínhamos uma velocidade de cruzeiro de 70 a 75 kms/h. Mas como no monte não se deixa ninguém… acabei por ganhar um amigo.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

14 abril

14 de Abril
Acordei ás 7h00 para tomar um duche de água quente, mas sem gel, sabão ou sabonete. Foi só mesmo passar-me por água, para depois me limpar ao lençol, porque toalha também nem vê-la.
Sou mesmo um badalhoco…eheh. Debaixo do hotel tem uma pastelaria mesmo do melhor por estas bandas. Aqui em Rabat, a capital de Marrocos, as pessoas não são tão extremistas em relação ao Islamismo e quase todas as mulheres andam destapadas e bem arranjadinhas.
Bebi uma coca e comi dois pasteis bem docinhos e toca a ir comprar o bilhete de comboio (75 dirhams). Como só saía ás 9h aproveitei para dar mais um giro. Reparei que quase todas as portas são todas trabalhadas dando um efeito muito cuidado. A cidade está envolvida numa muralha tipo Óbidos (ai a festa do chocolate…) havendo inúmeras entradas.





Esta muralha está toda riscada, quem sabe da espada do Afonso Henriques, ou não eheh. Sei lá….eu gosto é de andar de moto.
O comboio até Casa é daqueles de dois andares e aproveitei para elevar a moral e toca a ir no segundo andar. Passou num instante ou eu passei pelas brasas…em Ain Seba caía uns pingos de chuva mas secavam ao cair no corpo, troquei de comboio a correr e lá cheguei ao aeroporto de Casa ás 10h45. Como o check in é só ás 13h, papei uma pizza com uma coca zero por 14 dirhams e actualizo o diário. Estou mesmo cheio de saudades de andar na AJP. Parece que já foi uma eternidade desde que saí da Câmara Municipal de Penafiel.
Amanhã, vou tentar filmar a terra de ninguém com a GO PRO da D’Maker pois filmar até aqui, era de uma monotonia que nem valia a pena. Ahhh é verdade, quase que me esquecia…já vos disse que tenho medo de andar de avião??? ai o que faço para andar de moto….

12 e 13 abril


12 e 13 abril
Dakhla… não queria aqui passar e acabei por ficar uns dias. Até que é uma cidade bem engraçada com alguns turistas. Encontrei o Américo Cardoso, sim, aquele que fez Porto – Guiné Bissau de moto 4 com mais uns amigos em 2009 e que fez um excelente vídeo que inclusive passou na TV. Tinha planeado fazer Porto – África do Sul passando por Moçambique onde vai em negócios, juntamente com outra moto e um jeep de apoio. Não acabou por acontecer como ele tinha previsto e meteu-se á estrada sozinho (que maluco eheh). Acabou por ser apanhado de surpresa com o visto da Mauritânia e voltou para Dakhla para regularizar a situação. Vai com uma Yamaha 660 Téneré novinha, também ele com um peso às costas daqueles.
Encontrei uma brasileira que mora em Dakhla com o marido francês e disse-me que havia um casal de portugueses que também lá vive e que trabalham no porto de Dakhla.
Como tenho que esperar pelo visto, resolvi atacar a AJP e limpei-lhe os pulmões (filtro de ar) pois já vai com mais de 3.000 kms sem fazer qualquer manutenção. Dei uma vista de olhos por ela abaixo e toca a passear por Dakhla, pois ir para um cyber café é desesperante. Só para abrir um site leva mais de 15 minutos e sempre a pagar sem fazer nada. Acabei por desistir e resolvi continuar a escrever e mal consiga envio tudo. Dakhla tem umas praias que são qualquer coisa…com areia fininha e branquinha.
Mas uma coisa é certa…estou cheio de saudades de andar de moto
Descobri que se fosse a Rabat, o visto seria muito mais rápido e que também poderia tirar o do Mali. Pensei, pensei… e visto que ainda não tinha nada de especial para contar, o melhor mesmo era fazer alguma coisa por isso.
Depois de pensar no tempo perdido, meti-me num avião (480 € ida e volta e mais 2.000.000 de dirhams de medo) e lá fui eu directo a Casa(blanca). Só que quando lá cheguei, já não havia comboios para Rabat que fica a 130 kms do aeroporto de Casa. O Américo disse que de Air Marrocos não ía de certeza, então prontifiquei-me a levar-lhe o passaporte e tirar-lhe os vistos.
No aeroporto, contratei um chavalo o Rayan Marioc super simpático que me levou a Rabat, onde chegamos ás 2h30 da manha. Hotel??? Niclas… vai daí dormimos no carro mesmo em frente á embaixada da Mauritânia.
Acordei ás 7h e esperei pelas 9h para ser atendido. Só que a notícia não foi das melhores, “tu viens ici á 15h …” resultado: toca a ir á Air Marrocos e alterar o voo para dia 14 e procurar um hotel mesmo no centro de Rabat (240 Dirhams – para fazerem as contas aos euros, tirem um zero). O recepcionista tinha um ar suspeito, mas devia ser dos óculos com fundo de garrafa. Despedi-me do Chavalo depois de trocarmos nº. de telefone e email, e fui dormir 2 horitas que já não me aguentava de pé. Voltei á embaixada e levantei o passaporte já com o visto e encontrei um casal de franceses que iam numa BMW com side car até Dakar, mas com um carro de apoio. Esta gente não sabe andar sem apoios??? Desloquei-me á embaixada do Mali que ficava na mesma rua. Consegui o visto depois de uma hora de paleio eheh e liguei ao Américo todo contente, a dar-lhe a notícia.
Agora resta-me esperar por amanhã, para bem cedo apanhar um comboio para Casa, passar para outro e ir até ao aeroporto, apanhar mais uma seca daquelas, apanhar o avião (já vos disse hoje que tenho mesmo medo de andar de avião?) e chegar a Dakhla ao fim do dia. Dia 15, começo outra vez a “botar pra estrada”…tendo perdido uma data de dias, por estupidez, mas tenciono recuperá-los eheh

11 abril


Dormi um buca mais pois a fronteira só abria ás 9h. Só que quando olhei lá para fora a fila era enormeeee. Mas os policias mandaram-me para a frente, mas mesmo assim foi mais de duas horas só para sair de Marrocos (Sahara). A seguir fica a terra de ninguém, cerca de 2 kms de pedras e areia solta da fina. Por duas vezes que quase lá ficava, pois passar depressa é malho na certa, tal o peso que levo. O truque é ir em 1ª. a fundo e empurrar com os pés para não se enterrar. Fiquei completamente transpirado do esforço, mas lá cheguei á fronteira da Mauritânia. Só que mal cheguei ao primeiro posto da policia, foi-me dado a noticia: desde Fevereiro de 2010 que o visto não se tira na fronteira. Nem com €uros na mão e bastantes consegui. Resultado: voltar para Dakhla e tratar do visto mas vai demorar 2 a 3 dias. No Problem…eu posso bem com isso e muito mais, até os 482 kms de ida e mais 482 kms de volta. Só me esqueci que os de ida eram contra o vento e lá estou eu super cansado. Se não era o sistema que uso para prender o punho de gás nestas rectas estava bem tramado eheh.
Amanhã vou aproveitar e dar uma revisão á moto enquanto espero pelo visto. E vou aproveitar a ver se tiro já o do Mali também.

domingo, 11 de abril de 2010

10 abril



Dormi num hotel que mais parecia…sei lá o quê. Mas tinha garagem para a AJP e isso agradou-me. Além disso mesmo em frente tinha um cyber café onde pedi para ligar o meu pc e actualizar o blog.
O dia tinha sido muito difícil por causa do sono, por isso resolvi deitar-me cedo e ao pequeno almoço juntamente com o pão com fromage e o jus Orange, resolvi tomar um purgante (para mim), isto é, tomei um café. Como detesto café, quando tomo faz-me um efeito daqueles e fiquei cheio de pedal o dia todo. Venham lá rectas de 50 kms que o sono não me pega. Quando comecei a andar vi numa farmácia que estavam 20 graus mas se não era o fato Drenaline rapava cá um frio…é que a estrada vai quase sempre junto ao mar e a brisa é bem fresca. Hoje apesar das rectas e da paisagem desértica, fui-me divertindo com os camelos…camelos ou dromedários??? Bem acho que são dromedários porque só têm uma bossa, mas sei lá… o que quero é andar de moto.
Parei numa bomba de gasolina e encontrei um motard francês que vinha de Dakhla em direcção a Marraquesh onde vive com uma árabe.

Vinha numa Honda Varadero já bem coçada. Aqui aconteceu a foto do dia com dois camelos em cima de um velhinho jeep Toyota. Achei-os tão engraçados lado a lado, mas coitados, vinham bem amarrados e ainda fiquei mais triste quando me disseram que iam para o matadouro. Como é possível comerem animais tão simpáticos e inofensivos???
Também me questionei como é que conseguem metê-los no jeep.
Logo a seguir chegou uma 4X4 tapada com dois camelos pequenos lá dentro. Quis tirar uma foto mas o condutor ficou um buca danado.
Almocei já perto de Dakhla, um Tagine de frango, que vem a boiar num molho. Talheres??? Niclas…fiz como diz o ditado, em Roma faz como os romanos, deixei os talheres na moto e toca a comer com as mãos. A seguir toda a gente se levanta para passar as mãos por água, sim que o lavatório não tem sabão.
Passei por Dakhla sem parar, pois tinha que fazer um desvio e para ver cidades vejo no National Geografic.
Passei a parar menos vezes na policia, mas mesmo assim ainda foram umas quantas…
A paisagem deixou de ter tantas pedras e passei a ver de longe a longe umas dunas de areia mesmo branca. É engraçado como a estrada fica com uma nuvem baixinha de areia a movimentar-se de um lado para o outro.
Vi um ouriço cacheiro e voltei atrás porque adoro estes bichinhos e não queria que fosse atropelado, mas afinal já tinha sido, coitadinho. Tirei-lhe uma foto de cima da moto e quando passou um camião em sentido contrário fez tanto vento que lá ia deixando cair a AJP outra vez. Bem, tive que fazer cá um esforço que até me doeu os ombros.
A partir daí, foi rolar sem histórias até á fronteira com a Mauritânia, onde fiquei porque já se encontrava encerrada. Por sorte tinha um hotel (???) com casa de banho incluída e água quente onde tomei um duche para retemperar as forças. Net??? Nem vê-la por isso amigos, fica para depois. Hoje fiz 625 kms e sinto-me mesmo bem.
Agora vamos lá a ver a seca que me vão dar na fronteira, que só abre às nove horas.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

9 abril


Hoje custou-me um bocado a levantar ainda por cima com o tempo com tantas nuvens que até parecia que ía chover. Comecei por ir tirar a foto da praxe que ontem não tinha tirado por ser noite. È que a entrada em Tan Tan é diferente com aqueles camelos.

Agasalhei-me para o frio e bora que se faz tarde. A partir daí, o dia não teve grande história, pois a AJP nem soluçou e limitei-me a rolar, rolar, rolar…é que as rectas são mesmo compridas e paisagem??? Só mesmo terra com pedras e uns camelos de vez em quando. Para estragar a média, á control policial de vez em quando e são chatos para mundial (ou eu não fosse ao mundial eheh)
As rectas são tantas que parei para meter gasolna e esqueci-me das malas da SW-Motech e zás contra um murito e pimba pó chão eheh. Ainda tentei segurar a AJP mas com o peso achei melhor deixá-la cair para não sofrer nenhum dano num tendão qualquer. Claro que quando ía mesmo a tocar no chão fiz o que ensinava aos meus alunos de trial, virei o guiador para não partir a manete. Resultado: tudo fixe mas envergonhado pelo descuido que não costuma ser normal em mim.
O dia hoje foi mesmo complicado com o vento lateral e frontal que fui apanhando. Já tinha dito no fórum ViajarDeMoto que o que mais detesto é o vento quando viajo.
Como arranquei de manhã com óculos Salice transparentes, quando o sol abriu, comecei a ficar com um sono…nem vos digo.
Bom bom são mesmo as aberturas do fato Drenaline que deixa entrar um fresquinho mesmo agradável.
Como a partir de aqui só havia onde ficar em Dakhla, por causas logísticas, resolvi ficar em Bojador num hotel que me custou 15 € com garagem incluída.
Vou optar por me deitar mais cedo para ver se amanha não me dá o sono.
Amanhã conto entrar na Mauritânia onde as rectas não acabam mas em vez de pedras conto com areia. Desde que sai da Camara Municipal de Penafiel, que venho a pensar no enormeeee apoio que me têm dado


8 abril


Comecei a rolar ás 8h20 saindo de Safi, mas sem antes me desentender com um dito guardien da moto. Queria colo eheh pois se paguei no hotel 15 dirhams pela garagem, achei que não lhe devia pagar. Depois de lubrificar a corrente e dar uma vista de olhos a ver se não tinha nada desapertado fiz-me á estrada. Á saída de Safi, passou a haver outra espécie de animais, os camelos, lindos, cheios de personalidade. A estrada rumo a Agadir mostrou-se mais catita com umas curvas bem fixolinhas, mas a requerer cuidados redobrados, pois abundavam os camiões. Com vento pelas costas a pequena grande AJP fazia a minha velocidade de cruzeiro apenas com o punho a 1/3. Escolhi mesmo bem a rota, pois foi bem agradável vir junto á costa que é bem bonita. Só que o sol passou a nevoeiro e ficou um buca fresco. Em Agadir sente-se mais a parte turística pois não faltam surfistas de todo o lado. Almocei uma rica sopa marroquina bem picante e uma massa com frutos do mar que estava um consolo. Também me soube bem um nougat que me fez lembrar o meu filho André que é cego pelos nougat’s.
Da parte da tarde, o sol deu um arzinho e o vento mudou passando a estar de frente o que me cansou ligeiramente, especialmente no pescoço. Entrei em Tan Tan já de noite e não consegui tirar a foto da praxe, mas amanha de manha não escapa eheh.
Á entrada de Tan Tan fiquei ½ hora num posto da policia á espera sei lá de quê… Até agora só tenho apanhado pessoas simpáticas e espero que assim continue. Como os hotéis têm sido baratos aproveito para recuperar as forças. Para terem uma ideia este hotel em Tan Tan custa 15€. Mas por aqui é uma caça aos dirhams, como numa casa de banho de um café que queriam pasta. Disse-lhe que não tinha e virei-lhe as costas mas não ficou lá muito contente.
O GPS tem sido uma mais valia que nem vos conto, especialmente nas grandes cidades em que nunca me perdi.
Têm gostado de me seguir no mapa? Agradeçam por favor á ESPAÇOS SONOROS pois é graças a eles.
Amanhã vou tentar ir dormir a Dakhla mas ainda é um esticão daqueles. A ver vamos…

quarta-feira, 7 de abril de 2010

7 de abril segunda parte

Comecei a andar as 9h10 porque deitei-me cheio de dores na coluna devido ao saco que trago na moto pois pesa mesmo muito.
Agora ja deu para ver que entrei noutro mundo, com tanto lixo, burros, mulas, ovelhas, etc. A conducao por aqui tambem e tipo salve-se quam puder.
Nunca vi tanto radar na minha vida, pois os policias ate se escondem atras das arvores. Realmente aqui nao faz grande falta ter uma moto que ande muito.
Parei em Casablanca para recordar o tempo que la passei com o meu amigo Artur Gravato.
Quando dei por mim, estava ja o sol a fugir e resolvi parar para comer mais uma brochette mas desta vez ate que foi engracado pois comprei a carne num sitio e levei-a a assar noutro.
Como me estava a sentir bem, continuei mais uns 70 kms, acabando por ficar em Safi.
Para amanha levanto aqui um desafio: Tentarem adivinhar onde vou dormir...

7 de abril

Aqui estou eu em Casablanca. Nao e facl escrever neste teclado pois ja nao se veem as teclas.
Acabei de fazer 300 kms tudo em ordem sem qq problema.
Tempo impecavel para viajar e comeco a ambientar me
Fotos e que nao consigo enviar.
Vou 'botar pra estrada'

6 de abril


Depois de uma tijela de corn flakes, toca a começar a rolar. Eram 8h30 quando saí da Guarda e cheguei a Tarifa, 9h45 depois. Foram 730 kms sem problemas e com consumos de 3,4 litros aos 100. Pensava que com o excesso de peso, o consumo iria aumentar muito, mas nem por isso. Confesso que na autovia para Sevilha, apanhei uma grande seca, parecia que nunca mais acabava. Mas para quem faz o Lés a Lés de Solex, não foi assim nada de outro mundo.
Como ainda cheguei a Tarifa de dia, resolvi apanhar o ferry. Só que a viagem de 35 minutos passou a mais de uma hora, com a justificação de que estava lá outro ferry e o nosso não podia atracar.
A papelada da fronteira custou-me 10 € e mais hora e meia, mas na boa. Tânger nunca foi do meu agrado e pirei-me logo, apesar de já ser noite. Esperava-me 45km mais para chegar a Asilah, que passaram num instante. Aproveitei para comer uma brochette que até estava bem boa ou eu estava cheio de fome eheh.
Depois vem a confusão com o recepcionista do hotel que me disse que tinha net. O que ele tinha era uma ficha 220 v para ligar o pc.
Daí que com o adiantado da hora limito-me a escrever para não me esquecer. Ahhhh pensava que aqui era uma hora mais e afinal é uma hora menos eheh. Resta-me acrescentar que o GPS da Espaços Sonoros deu-me um jeitaço e que a AJP mais parecia um relógio…dos Suiços.

Dia 4 e 5 de abril


Nem vos conto o que senti na saída de Penafiel…mas que chorei chorei. Obrigado a todos pelo apoio, nunca imaginei…Depois da saída, alguns sócios do Moto Clube do Porto, do Clássicos Mania d o VDM e amigos, acompanharam-me até Entre os Rios. Bem deste dia, não vale muito a pena falar, pois com tudo o que saiu na imprensa, até chega a cansar eheh. Mas uma coisa é certa, fiquei mesmo sem jeito. Depois foi rolar até á Guarda, sempre por estradas secundárias e cheias de curvas.

sábado, 3 de abril de 2010

QUASE...QUASE...PARECE QUE FALTA TUDO

Hoje levantei-me cedo para ir a Guimarães buscar uma encomenda e depois do almoço, mais uma entrevista (ufaaa) para o Jornal Record que vai fazer uma coluna semanal.
Por acaso até foi num sitio bem á minha maneira, no Mosteiro de Paço de Sousa e o S. Pedro até ajudou com umas boas abertas.
A seguir, ala que se faz tarde...directo para a AJP-MOTOS para os acabamentos finais e escolha de ferramentas a levar, assim como os consumíveis para a viagem.

Sem que ninguém nos ouça (eheh) até me sinto bem por lá, sempre prontos a ajudar e sem reclamar, o que não estou muito habituado.
Finalmente o bicho está pronto e só me resta esperar por segunda feira dia 5 ás 15h00, para "abalar" de Penafiel até Pretória.
Boa Páscoa a todos

sexta-feira, 2 de abril de 2010

ENTREVISTAS E TOCA A ENSAIAR



Tal como previsto lá cheguei á fábrica da AJP-MOTOS para as entrevistas e fotos da praxe.Simpáticos e pacientes para me aturarem, os jornalistas lá foram fazendo perguntas e mais perguntas...

Finalizadas as entrevistas, toca de volta á mecânica que se faz tarde. Agora sim, o assento está muito mais confortável. Endurecemos á mola do amortecedor de trás e carregamos as malas com 40 kg para um teste de estrada. Resultado??? queriam eheh, bem eu desvendo alguma coisa: a relação de transmissão está um buca longa e amanhã vai levar com um pinhão de 16 dentes. De resto, tal como previsto, os pesos na ponta do guiador, tiraram as vibrações quase por completo. Bem hajam...

quinta-feira, 1 de abril de 2010

DIA DE VISTOS



Hoje foi um dia "daqueles"... o tempo voou e pouco fiz. De manhã passei na AJP-MOTOS para ver como íam os trabalhos. Não cheguei a dizer mas o Pinto depois dos 900 kms que fiz de rodagem (a fundo eheh) resolveu desmontar o motor para ver se tudo estava em ordem. Claro que estava tudo novo, sem qualquer marca de desgaste. Com o motor já pronto, resolvi dar-lhe um beijinho
Depois do almoço, desloquei-me á VISA TEAM para ir buscar o passaporte e os vistos que vou levar.
Finalmente, tenho os vistos do NIGER, CHADE e ANGOLA e agora estou oficialmente pronto para arrancar.
Aproveitei para tirar uma foto á Silvia, que está á vossa espera para quando precisarem de vistos. Garanto-vos que é mesmo especialista e com uma alegria invejável.


Peço desculpa pela pouca informação mas como ainda não tenho o percurso completo, também tenho que trabalhar no PC para acabá-lo.
Amanhã, de manhã tenho que ir ao aeroporto para ir buscar o telefone de satélite, para depois do almoço estar na AJP-MOTOS para uma série de entrevistas. Duty calls