domingo, 25 de abril de 2010

24 abril



24 abril
Dormi mesmo numa espelunca daquelas…em Portugal tinha-me recusado lá dormir, mas aventura é aventura e África não prima muito pela limpeza. Todos os empregados tinham cá um cheiro que nem vos conto, falta de banho mas já de uns dias…O dia prometia, meio enovoado e pouco mais tarde o sol começou a aparecer. Já na fronteira do Togo, o calor apertou, obrigando a beber mais água do que o costume. Os primeiros kms feitos neste país, davam a entender que era mais um igual aos outros, isto é, sujo e bastante pobre. Só que a partir de Kante, tudo mudou, o verde apareceu em força, a chuva que tão bem me soube e a estrada com curvas, com subidas e descidas.
Cheguei a pensar que estava no nosso Minho, lindo e verdejante. Nota-se aqui a presença do cristianismo, com muitas escolas, com as pessoas muito mais simpáticas e já a aparecerem aqui e ali uns restaurantes com melhor aspecto.
Ainda não tinha dito por aqui, mas o trânsito em África, é um autêntico perigo, sendo o pior, os camiões. Vêm-se muitos capotados, só para terem uma ideia, hoje vi mais de 10 de rodas para o ar. É que as estradas têm um desnível grande para as bermas e quando adormecem, saìem da estrada…e capotam. Depois, deitam-se á sombra do camião capotado á espera que alguém os venham buscar.
Outro perigo são as cabras que andam no meio da estrada e tentar comer alguma coisa e quando vêm a moto, piram-se. Hoje pensei mesmo que ía atropelar uma, foi mesmo in extremis…nem sei como não lhe toquei, mas ainda bem que conseguiu escapar, coitadinha.
Outro que faltou pouco, foi um pintainho que não deve ter ganho para o susto.
Acabei por ficar em Sokodé.
Koupela Burkina Fasso – Sokodé Togo total 490 kms

1 comentário:

  1. És uma maquina te lembraes de nós Osaga. Vais passar por sitios que nem são classicos, são mesmo jurassicos!!!!Tás um na mala. Abraço para ti. Boa coninuação

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