segunda-feira, 19 de abril de 2010

15 abril

Sorry sorry por tanto tempo sem notícias mas só agora tenho net.
15 abril
Já com os vistos na mão, toca a levantar bem cedinho para começar a andar ás 6h da manhã.
Atestei de gasolina no Trópico de Cancer tendo comido umas madalenas e um sumo tipo compal. O dia estava mesmo bom para andar de moto e como já estava cheio de saudades, estava decidido a dar-lhe o máximo de kms. De repente, vindo de frente, apareceram dois escoceses um numa BMW GSA e outro numa BMW GS800. Toca a parar e conversar um bocado. Eles tinham feito parte da Mauritânia que eu tencionava fazer e aconselharam a ir antes pelo Senegal que era muito mais seguro. O Américo concordou pois já tinha estado no ano passado no Senegal com o moto 4 e disse que era um país tranquilo. Um dos escoceses olhou para a AJP e disse que o motor ía estourar o que me deu uma vontade de rir. Fotos da praxe e ala que se faz tarde.
Chegamos á fronteira da Mauritânia, que já conhecíamos eheh e passamos a parte do Sahara (/Marrocos) para a terra de ninguém. Uns dias antes tinha lá passado e sofrido com os areais mas “macho velho” como me chama o Amadeu da Pinto Coelho e Santos, aprende rápido e desta vez dei-lhes a volta. É que por aquelas terras andam uns enganadores a tentar servir de guia e a apontar os carros para pistas más para enterrarmos as motos (ou carros). Aqui aconteceu o grande problema, é que o Américo não decora os caminhos e vai daí, caiu mesmo num areal daqueles e ao tentar sair, derreteu os discos de embraiagem da sua novíssima Yamaha Tenere. Para de lá sair, teve que dar 130 €uros aos malandrecos e melhor dar senão ainda era roubado.
Convém dizer que da fronteira até Nouakchott não á mesmo nada…só areia e pedras. Ou por outra, uma bomba de gasolina com um suposto hotel que tinha visto no Google earth que até parecia bonzinho, mas era uma camarata, onde se pernoitássemos quando adormecêssemos, seriamos roubados pela certa. Foi duro, pois fizemos 740 kms dos quais, cerca de 300 kms a empurrar com o pé e depois a rebocar a Yamaha.


Queriamos chegar a Nouakchott, mas numa das muitas barreiras policiais, aconselharam-nos a dormir ali. Como a barreira policial fica lá 24 h montámos as tendas ambas compradas no mesmo sitio (eheh) e lá dormimos. Sei que para a pequena AJP já por si sobrecarregada, foi um esforço muito grande rebocar uma moto que deve estar com 300 kg de peso no mínimo. Mesmo assim em quarta velocidade, mantínhamos uma velocidade de cruzeiro de 70 a 75 kms/h. Mas como no monte não se deixa ninguém… acabei por ganhar um amigo.

4 comentários:

  1. A moto do Américo foi aos Xutos e Pontapés pela Mauritânea abaixo.
    Se não arranjavas maneira de empurrar alguém, nem era viagem! Eh... Eh...

    O escocês já vinha era com um bocadinho de whisky a mais, o que ele queria dizer era que o "piano" não ia longe.

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  2. Oi osvaldo, que agradável saber noticias !!! pois imagino que não tinhas net. A AJP em grande até de reboque ela faz ;) como tenho dito sempre sempre em frente, continução de boa viagem com mt aventuras pelo meio.
    Fica bem e beijos e braços de todos cá de casa e de mt amigos teus que te mandam.

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